Robótica para crianças: por que é importante aprender desde cedo?
Quando se fala em robótica, nosso imaginário já remete a filmes como AI – Inteligência Artificial ou o Exterminador do Futuro.
Então, a expressão “robótica para crianças” causa certo estranhamento, não é mesmo?
Calma. Não é nada disso!
O ensino de robótica para crianças é bem mais simples do que isso.
Quer saber mais? Então, continue lendo!
Afinal, o que é robótica?
Engane-se quem pensa que a robótica nas escolas é algo recente, que chegou junto com a digitalização.
Essa prática foi introduzida nas escolas na década de 1960, graças ao cientista Saymourt Papert, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
É claro que, em um país desigual como o Brasil, essas atividades ainda não chegaram à maioria das escolas.
A pandemia de Covid-19, porém, mostrou que a educação precisa se reinventar para se adequar às necessidades da nova economia.
A robótica permite que as crianças tenham contato com a criação de games e de aplicativos, por exemplo, e com robôs que podem ajudá-las a desenvolver:
- Criatividade;
- Raciocínio lógico;
- Trabalho em equipe;
- Noção de protagonismo.
Esse aprendizado se baseia na técnica de “learning by doing” (aprender fazendo).
Nesse tipo de aprendizado, o professor deixa de ser o único provedor de informações e se torna um parceiro no processo de aprendizagem do aluno. Falaremos dela mais adiante!
Nas aulas de robótica para crianças, os pequenos se deparam com a construção de um protótipo – um experimento exploratório e investigativo – que possa resolver um problema.
Na educação infantil e nos primeiros anos do Ensino Fundamental, a robótica educacional proporciona aos estudantes tudo que eles precisam para construir e programar um robô capaz de executar várias tarefas simples.
Para crianças mais velhas, que cursam os últimos anos do Fundamental ou o Ensino Médio, são criados robôs mais avançados.
De qualquer modo, a complexidade da disciplina é sempre adaptada à idade da criança.
Por que a robótica para crianças é importante?
As aulas de robótica para crianças ampliam a forma como o aluno absorve o conhecimento.
A aprendizagem deixa de ser por meio da leitura de um livro e passa a envolver a “mão na massa”. O resultado é um aprendizado melhor adaptado e mais adequado ao mundo atual.
A tecnologia faz parte do dia a dia dos pequenos.
Ao contrário da maior parte dos adultos de hoje, que viram nascer a revolução tecnológica, as crianças já nascem inseridas nesse contexto.
Alguns já manuseiam tablets antes mesmo de completar o primeiro ano de vida – a Galinha Pintadinha é um verdadeiro hit entre os bebês.
Se as crianças já estão tão confortáveis com o mundo tecnológico, por que não estimular, desde pequenas, que pensem em soluções tecnológicas?
E para isso serve o ensino de robótica para crianças.
Por meio de brincadeiras, o ensino de robótica para crianças desenvolve uma das habilidades cognitivas básicas do pensamento matemático em uma idade precoce: o pensamento computacional.
As atividades ajudam a desenvolver o processo mental usado para resolver vários tipos de problemas por meio de uma sequência ordenada de ações.
6 habilidades que a robótica desenvolve nas crianças
1. Desenvolvimento de habilidades
Eu sei, essa frase pode soar um pouco vaga, mas é exatamente isso: a robótica para crianças estimula o desenvolvimento com campo cognitivo.
Isso faz com que as crianças trabalhem várias habilidades que serão úteis na vida adulta.
O desenvolvimento de robôs pode ajudar na:
- Concentração;
- Persistência;
- Habilidades interpessoais;
- Atenção.
E tudo isso é super exigido no mercado de trabalho e, também, no próprio desenvolvimento pessoal.
2. Raciocínio lógico
Para que um robô funcione, é preciso que ele siga uma lógica. Isso porque o robô é desenvolvido e programado para responder a estímulos específicos.
Sendo assim, ele não tem vontade própria (pelo menos, não ainda!) e segue os comandos dados por quem o controla.
Por isso, o ensino de robótica para crianças amplia o desenvolvimento do raciocínio.
A criança precisa ter um panorama completo do processo de criação, de programação e de resposta da máquina.
Isso faz com que a criança crie conexões melhor elaboradas no cérebro – e a partir daí, começam a pensar em soluções “fora da caixa” para a maioria dos problemas.
3. Codificação é a alfabetização do século 21
Não estamos exagerando: cada vez mais, o mundo precisará de programadores e de codificadores nas grandes empresas e instituições.
A codificação (coding, em inglês) está se tornando fundamental para a educação, o mercado de trabalho e a cultura em geral, tal como aconteceu com a alfabetização nos séculos passados.
É claro que nem toda a criança precisa seguir nessa área, mas noções de codificação ensinam as ferramentas necessárias para que possa fazer parte de uma sociedade cada vez mais embasada em computadores.
4. Criatividade
O ensino de robótica encoraja as crianças a serem mais criativas e empreendedoras.
Isso porque podem utilizar a imaginação para imaginar uma máquina partindo do zero, de acordo com a situação que identificaram.
E também podem pensar em soluções para um problema já determinado, passando pela criação de um robô.
É uma infinidade de alternativas, realmente.
De qualquer modo, a criança terá de desenvolver o pensamento criativo para projetar:
- Estrutura da máquina;
- Comportamento dela;
- Comandos aos quais será condicionada.
Cada vez mais, as empresas estão buscando soluções inovadoras para problemas antigos. Ser criativo é essencial para a nova economia.
5. Interdisciplinaridade
Na robótica para crianças, os pequenos têm contato com diversas áreas de estudo – algumas que só viriam em uma faculdade, mais tarde.
Os alunos acabam aprendendo noções de:
- Engenharia;
- Eletrônica;
- Mecânica;
- Ciências;
- Física;
- Matemática.
As duas últimas são sabidamente algumas das disciplinas mais difíceis para os adolescentes – e esse contato precoce pode facilitar as coisas lá na frente.
Além disso, pode auxiliar o jovem a encontrar o ramo em que deseja atuar no futuro.
6. Estimula o princípio da “ação e reação”
As crianças aprendem mais quando estão em movimento, brincando, construindo e interagindo com objetos concretos.
Com a robótica, os comandos criados pela criança terão consequências no mundo real – o robô se move e reage com base nas instruções que lhe foram dadas.
Ou seja, a criança pensa junto com o robô.
Como a Escola Portal trabalha a robótica? 4 exemplos de projetos
Criar um robô? Prototipar uma armadura medieval? Idealizar uma startup?
No Espaço Portal Maker da Escola Portal Sorocaba, não há limites para a criatividade.
O espaço disponibiliza máquinas de fabricação digital, ferramentas e materiais para construção e montagem de invenções.
Tudo isso para que todas as ideias, por mais mirabolantes que sejam, possam ser concretizadas.
Veja exemplos de projetos que foram desenvolvidos no Espaço Portal Maker.
1. Dispenser automático para álcool em gel
2. “Piano” de bananas
3. Robô pintor
4. Réplica Genius MDF
Esses projetos foram executados por crianças do 3° ao 5° ano do Ensino Fundamental, da turma Explorers, e por jovens do 6° ao 9° ano, na turma MakerLab.
Perceba que, para criar esses robôs, não é preciso chips ou equipamentos de alta tecnologia.
A maioria foi feita com objetos do dia a dia e um incremento de itens básicos de eletrônica.
É aí que reside um dos maiores benefícios da robótica para crianças: o estímulo à criatividade e a soluções fora da caixa.
Você pode encontrar mais detalhes sobre o Portal Maker neste link.
Aprender fazendo
Além de desenvolver as seis habilidades que citamos, a robótica para crianças estimula uma tendência que vem ganhando força: a cultura maker.
O ensino tem deixado de ser passivo – o professor ensina e o aluno assiste às aulas – para se tornar ativo.
O aluno toma parte no aprendizado, tentando resolver problemas que encontraria na “vida real”.
Sabe aquela máxima “é errando que se aprende?” Tem tudo a ver com a cultura maker.
O aluno se torna o protagonista do próprio desenvolvimento intelectual. Os pequenos são desafiados a pensar, ampliando as capacidades cognitivas.
Com atividades elaboradas, como robótica, dinâmicas de solução de problemas e programação de jogos, os jovens ganham bagagem intelectual.
E essa bagagem é construída com prática, raciocínio, criatividade e, principalmente, muita diversão!
Se interessou? Acha que o ensino de robótica seria adequado para o seu filho?
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14 de agosto de 2024 às 22:51
Penso que a robótica está impregnada na nossa vida diária e não temos mais como fugir dela, então porque não aproveitar?